segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Saiba como apicultura foi capaz de adoçar a vida de uma família




Hoje, quero te contar a história da família Moura, moradores de Caldas Novas (GO). 


Eu tive a oportunidade de entrevistar toda a família: o Douglas (pai), a Neide (mãe), a Alice (filha) e o Pedro (filho). É uma família maravilhosa que vem fazendo um trabalho belíssimo com a apicultura, com a criação de abelhas Apis. 


Eles se mudaram para a fazenda desde a época em que começou a pandemia do Coronavírus, em 2020. Saíram da capital Goiânia e decidiram mudar o estilo de vida. 


A família já estava em busca de melhor qualidade de vida, ares novos e mais proximidade familiar.


Há 2 anos estivemos com o Douglas e fizemos a primeira gravação em seu apiário, mostrando a sua superprodução de mel. De lá para cá houve muito aprendizado e a quantidade de mel no apiário só aumentou. 


Naquela época (há 2 anos), o Douglas possuía 40 colmeias e hoje ele tem 70, todas produzindo muito mel. 


Douglas, assim como outros apicultores que trabalham no bioma cerrado, produze mel no período da seca, que é quando a florada aparece. É quando existe a maior abundância de néctar na natureza. 

Especialmente da florada de cipó-uva e sucupira, que favorece o crescimento das colmeias. 


Mas esse interesse pela produção de mel não surgiu da noite para o dia. É uma herança de família: surge com o pai e o irmão do Douglas que buscaram, em um primeiro momento, capturar enxames por meio de caixas-iscas. 


Certo dia, Douglas, seu irmão Denis e o filho Pedro foram realizar um serviço em Goiânia, em frente a Cia da Abelha. Foi o local e momento certo para comprarem a caixa-isca, para a captura de enxames.


Compraram 30 caixas-iscas e capturaram 30 enxames, ou seja, obtiveram 100% de sucesso! 


Logo que capturaram, já transferiram as abelhas para caixas-ninho e começaram a produzir mel. 


Mesmo com pouca experiência, os manejos foram realizados devagarzinho. Douglas e Pedro fizeram o curso presencial da Cia da Abelha, embalados pela possibilidade de produzir mel e ver a apicultura como um negócio. 


Hoje, Douglas e Pedro, pai e filho, dividem a produção do apiário. Pedro, com 15 anos, possui algumas colmeias e as maneja para que produzam mel. Toda a sua produção já é vendida na cidade de Caldas Novas e Goiânia. 


Tivemos a oportunidade de visitar o apiário, chamado Apiário da Márcia, em homenagem à Márcia Haad, apicultora que primeiramente mostrou o caminho das pedras para a família. Todas as colmeias estavam muito fortes em plena safra. 


Antes do Douglas implantar as suas colmeias, realizou o mapeamento apícola da região e descobriu que é possível instalar até 250 colmeias para a produção de mel. Até o momento, ele possui 70 caixas, tendo o potencial de aumento de produção que poderá alcançar 3 vezes mais que o já implementado. Hoje ele produz, em média, 3 a 4 toneladas de mel. 


Assim que Douglas começou a produzir mel e viu que havia excelente potencial de produção e margem para crescimento, pensou: para quem vou vender tanto mel? 


No início Douglas achava que precisaria ter uma loja para escoar sua produção. Mas, mero engano…descobriu que as pessoas iam até ele, em busca de mel. 


Não faltou mercado para vender mel, faltou mel para atender a todos. E isso não foi só no começo, todos os anos há mais consumidores que produtos. 


Hoje, Douglas mudou até mesmo a maneira de perceber a importância do mel. Acreditava que o consumo de mel deveria acontecer somente nos momentos em que as pessoas ficassem doentes. 


Entretanto, com o passar do tempo e com os conhecimentos adquiridos no curso Premium da Escola de Apicultura, ele percebeu que o mel é um alimento e não só “remédio”. 


Inclusive, durante e depois da pandemia, o mel e a própolis começaram a ser produtos muito procurados e seu consumo aumentou. A consequência disso foi o aumento das vendas. 


Denis, irmão do Douglas, vende toda a produção da família em empórios e farmácias em Goiânia e também nas redes sociais (instagram: @melmoura1). 


Douglas não teve dúvida, a implementação do método Cia da Abelha é que permitiu todo o boom de superprodução e orientação necessária para os manejos. Se antes ele se sentia perdido no momento do manejo, depois da Cia da Abelha tudo ficou claro! 


Com relação à manutenção do apiário muitos fatores influenciam, sendo um dos mais importantes a alimentação dos enxames. 


Douglas percebeu que a manutenção dos enxames requer baixo investimento por possuir baixo custo. Assim como em outros aspectos de custeio do seu apiário. 


Para o futuro, o apicultor pensa em aumentar o número de colmeias do seu apiário, chegando a 100 enxames produtores de mel. E lembra que não é preciso buscar financiamento para poder começar, crescer e ampliar a produção apícola. 


As próprias abelhas financiam seus gastos e possibilitam crescimento para ele. 


Com o dinheiro adquirido na venda do mel é possível reinvestir no negócio e ampliá-lo com  novos equipamentos (centrífuga, melgueiras, macacões, etc.). 


O fato de a família toda estar na fazenda contribuiu para um aumento da produção e uma melhora significativa no empenho da venda do mel. 


Até Alice (10 anos), a filha caçula de Douglas, em 2023, terá as próprias caixas de abelhas para manejar e extrair seu mel. Ahh, detalhe…o empenho de Alice e Pedro na escola melhorou desde que a família passou a ser apicultora. 


Sinto-me feliz e lisonjeado com essa história. Agradeço a possibilidade de conhecê-los! 


Um grande abraço a todos! 


Prof. Armindo Vieira Junior



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