terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Eles faturam mais de R$ 42.000 com a venda do mel!

Família Moura afirma que “a melhor música do mundo é o zumbido das abelhas”



Com mais tranquilidade e mais renda, a família Moura mudou-se para o campo e nos conta como aprendeu apicultura do zero e hoje possui um apiário que produz mais de 3 toneladas de mel por ano.


Douglas Moura (pai) e Pedro Moura (filho) foram alunos (presenciais) no curso de apicultura da Cia da Abelha em 2018 e hoje, são alunos da Escola de Apicultura (on-line). Decidiram criar abelhas profissionalmente há 4 anos e vêm se dedicando à atividade desde então.

O apiário da família Moura se chama “Apiário da Márcia”, nome dado em homenagem à Márcia Haad, apicultora que primeiro forneceu abelhas-rainhas para a família. Desde o início, os Mouras já buscavam o melhoramento genético dos enxames para maior produtividade de mel. Dedicaram-se também aos manejos para o mesmo fim. Seu apiário está localizado em Caldas Novas, Goiás.

Ao entrar no apiário observamos que as colmeias estavam muito fortes, com enxames muito populosos. Isso se deveu, principalmente, ao período da safra de mel, quando há abundância de néctar na natureza. No cerrado essa abundância ocorre no período da seca (agosto a novembro).

A presença de flores no cerrado indica que as abelhas terão fartura de alimento. Essa fartura pode ser vista na quantidade de melgueiras empilhadas em uma só colmeia dentro do apiário. Quanto mais melgueiras, mais mel é armazenado pelo enxame. A maioria das colmeias estava com ninho, sobreninho e melgueiras, indicando essa abundância e produtividade.

Em meio ao apiário avistamos também um enxame pousado no tronco de uma árvore, em busca de abrigo para nidificar. As abelhas campeiras estavam “dançando”, indicando a presença de alimento (florada com néctar).

Douglas, nos mostrou de perto a produção de algumas de suas colmeias. O mel do apiário é de origem floral cipó-uva, portanto, possui como principal característica o sabor doce e coloração amarela clara.

Cinco dias após o término dessa florada, acontece outra: o florescimento das árvores de sucupira, que fornecem um néctar mais escuro e amargo, transformado pelas abelhas em um mel que também carrega essas características. Apesar do seu amargor, é riquíssimo em sais minerais, possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.
Grande parte das melgueiras estava com mel operculado, ou seja, maduro, em ponto de colheita. Em breve, a família o faria para o envase e venda.
Uma colmeia superpopulosa é uma grande produtora de mel. Sem dúvida, rende a seus proprietários por volta de R$ 4.000,00 a R$ 6.000,00 por ano, se vendido ao consumidor final.
Todos os anos a produção dos Moura é vendida na cidade de Goiânia e de Caldas Novas. E quanto ao mercado, Douglas afirma: “todos os anos, mesmo aumentando a produção, falta mel para atender todos os clientes”.

Percebe-se, portanto, que a apicultura é um ramo do agronegócio em expansão e que o mercado exige cada vez mais mercadoria para consumo. Quem se dedica a essa atividade tem a capacidade de obter altos lucros.

Douglas possui 70 colmeias no total e pretende aumentar essa quantidade no ano que vem. Hoje, o seu apiário produz em torno de 3 toneladas de mel, havendo o potencial de triplicar a produção.

Isso demonstra o quanto a produção apícola oferece ganhos financeiros para o homem do campo. Mas, quem ganha também é a natureza, uma vez que não é preciso haver desmatamento para produzir mel. Como poucos sabem, a apicultura é a única atividade do agronegócio que produz sem desmatar.
As abelhas “exigem” que haja matas preservadas, abundância de água limpa e corrente, o não uso de agrotóxicos ou quaisquer defensivos agrícolas em lavouras próximas ao apiário, assim como ausência de lixões ou aterros sanitários.
Além de contribuir com a preservação da natureza, os apicultores ganham em qualidade de vida, não vivendo um dia a dia conturbado, como ocorre com muitas pessoas que vivem nas capitais ou grandes cidades. Quanto a essa questão, Douglas diz: “a melhor música do mundo é o zumbido das abelhas. Não preciso de psicólogo ou terapia para viver bem!”
Só nos resta, ao fim da visita, contemplar a beleza da natureza, das abelhas e saborear o mel. Foi um grande prazer visitá-los! Um grande abraço a todos! Prof. Armindo Vieira Junior

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