segunda-feira, 6 de junho de 2022

Saiba tudo sobre a produção da própolis no Brasil

 

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Você conhece a própolis verde da Jurema preta (Mimosa hostilis)?

Para quem não conhece, esta é uma própolis diferente da que é produzida utilizando o alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia). Isso porque a suas propriedades são outras e já existem muitos estudos que tratam do assunto.

A China, o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos têm desenvolvido estudos sobre a jurema preta e o seu potencial de produção de própolis verde.

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Essa é uma planta endêmica do semiárido nordestino brasileiro e os pesquisadores desses outros países têm coletado partes dela para desvendar todas as suas propriedades físico-químicas.
O que já sabemos hoje é que a própolis da jurema preta possui atividade antibacteriana, antivirótica e antifúngica elevadas.
Sendo esta uma planta muito importante para a produção de alimentos a medicamentos, ela pode render muitos benefícios para os apicultores do nordeste brasileiro.
Há tempos ocorreram pesquisas semelhantes no litoral nordestino e foi descoberta a importância da própolis vermelha, oriunda da seiva da planta popularmente conhecida por Rabo de Bugio (Dalbergia ecastophyllum).

Hoje, a própolis vermelha é a mais cara do mundo! É exportada para diversos países e os apicultores que a produzem conseguem ter alto faturamento. O quilograma da própolis vermelha, feita a partir do Rabo de Bugio, custa em torno de R$ 1.500,00 no mercado.

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Atualmente, em parte do litoral do Espírito Santo, da Foz do Rio Doce, Cricaré e Mucurí já existem áreas em que são cultivadas o Rabo de Bugio para a produção da própolis vermelha.
Além do Rabo de Bugio, há outras espécies nativas do Brasil das quais é possível produzir própolis. Dentre elas está o alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia).

O alecrim-do-campo é uma planta do cerrado brasileiro, mas podemos encontrá-lo em toda América, desde o sul da Argentina (Patagônia) até o sul do Canadá.

Apesar dessa espécie ser dominante em uma gigantesca área geográfica, a produção da sua resina só acontece em uma pequena região do sudeste e sul do Brasil.

Essa região corresponde a 8% do território brasileiro, e é a única faixa geográfica do planeta que produzi própolis verde a partir do alecrim-do-campo!

Incrível, né? Quanta riqueza tem no nosso país e ainda não sabemos!

Mas, se você não está no nordeste brasileiro e nem no litoral, não desanime. É possível produzir própolis na sua região!

No centro-oeste há produção de própolis escura, oriundo da seiva da copaíba (Copaifera langsdorffii). É possível desfrutar dos mesmos princípios ativos do óleo da copaíba na própolis escura do centro-oeste.

No sul do Brasil existe a produção da própolis marrom, oriunda da seiva de diversas espécies vegetais da Mata Atlântica. Essa é uma própolis valiosíssima no mercado internacional, pois possui Certificado de Produto Orgânico.
Se você está no litoral brasileiro, especialmente na Serra da Mantiqueira ou no Centro-oeste, no Pantanal mato-grossense poderá fazer a produção do pólen apícola. E em qualquer lugar do nosso país é possível fazer a produção de abelhas-rainhas.

Falando nesse assunto, posso afirmar com toda certeza que uma área da apicultura que falta produtor e sobra mercado é a de Produção de Rainhas.

Infelizmente não há muitos produtores de rainhas no Brasil e quem se embrenhar por esse ramo da apicultura poderá ter alta lucratividade!

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Pessoal, falo de tudo isso sem mesmo tocar na existência do profícuo mercado de beneficiamento de cera, indústria de manipulação de alimentos e cosméticos feitos com os produtos das abelhas.
Existe uma grande diversidade e possibilidade de diversificação de produção apícola. Basta que iniciemos na área para ter sucesso!
E aí, tá esperando o quê para começar na apicultura?
Abraço a todas e todos!

Prof. Armindo Vieira Junior




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