terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
CURSOS DE APICULTURA CIA DA ABELHA 2014
CIA DA
ABELHA
“Potencializando
o seu talento na arte de criar Abelhas”
Estamos disponibilizando
abaixo a programação dos Cursos da Cia da Abelha até o mês de Maio/2014.
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capacitação em apicultura do país. Será um imenso prazer recebê-los em nossa
capital: Goiânia.
Um Fraternal Abraço.
Armindo V. N. Junior – Cia da
Abelha – Goiânia
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curso.
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diretamente com a administradora via informações do cartão escolhido pelo
cursando. Ao preencher a ficha de inscrição no link específico marque seu
interesse em efetuar o pagamento com cartão de crédito. Ligaremos, pelo telefone,
de volta para você para consolidar o pagamento pelo cartão com segurança e
agilidade.
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forma de pagamento desejada.
Armindo V. N. Junior\
Apicultor e Gestor de Sistemas de Produção Apícola.
Apiterapeuta e acupunturista
Moderador da Lista Cia da Abelha
CIA DA ABELHA - GOIÂNIA/GO
REFERÊNCIA NA CADEIA DO AGRONEGÓCIO APÍCOLA DESDE 1983
www.ciadaabelha.com.br - ciadaabelha@ciadaabelha.com.br - skype:
ciadaabelha
Tels: 62-32822232/62-81020918(TIM) /62-93673179(CLARO)
Sinto
muito”.” Me perdoe”. “Sou grato”, “Te
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domingo, 19 de janeiro de 2014
Mitos e verdades sobre
este poderoso alimento das abelhas
ANO 01 – ARTIGO 01 – NÚMERO SEQUENCIAL 001 – 05 DE JANEIRO DE
2014
*por Armindo Vieira do Nascimento Junior – Goiânia/GO
Artigo
O mel de abelhas é o mais antigo adoçante utilizado pela
humanidade. Registros dos primeiros povos de Stonehenge na Grã Bretanha datados
de 8.000 a.C. já registravam a utilização do mel como poderoso adoçante. Povos
antigos como os Fenícios, Hebreus, Cananeus e Egípcios também traziam a tona a
utilização do mel na alimentação daqueles povos. Mais recentemente romanos e
gregos iniciaram a apresentação do mel de abelhas não só como poderoso
alimento, mas também a sua utilização no tratamento de patologias diversas. Até
o Séc XIV o mel figurava como exclusivo adoçante natural vindo sofrer
concorrência da Cana-de-açúcar em virtude do descobrimento do açúcar cristal e
sua também utilização na alimentação humana. Entretanto, ao contrário do
açúcar, o mel nunca perdeu seu posto de rico alimento dotado de vantagens
nutricionais muito superiores ao açúcar tradicional. Recentemente o mel de
abelhas voltou a ocupar a mesa dos consumidores de todo o planeta, em busca de
alternativas saudáveis que possibilitem uma melhor qualidade e quantidade de
vida gerando assim um mercado cada dia mais promissor e de elevada demanda pelo
produto voltando a ocupar seu posto de produto valioso dentro da Cadeia
Produtiva.
O que é mel?
Mel de Abelhas é o mel advindo das flores, do processo de
visitação das abelhas as flores que sugam o néctar da mesma para carregar para
a colmeia e armazenar o produto para sua alimentação. Não existe mel oriundo de
outra fonte que não sejam as flores. Para ser mel e para receber a denominação
de mel é condição imprescindível que o mesmo tenha sido colhido das flores
pelas abelhas. Dessa maneira todo mel de abelhas autêntico e original possui
sabor de mel, essa é uma das suas características; o mel tem sabor de mel, se
ao comer mel você sinta o sabor de açúcar ou de cana, desconfie, seguramente
aquele suposto “mel” não possui a sua origem das flores, condição imprescidível
para que seja efetivamente mel de Abelhas.
Cristalização
Todo mel natural de abelhas sofre processo de cristalização e
endurecimento. Isso não significa que o mel seja falsificado. Todo mel puro
cristaliza, mas não açucara. Normalmente ao final de 4 a 8 meses o mel endurece
na forma de cristalização. A cristalização do mel natural consiste no
endurecimento na forma de um creme com aspecto pastoso, como um doce de leite.
Retire o mel cristalizado e pastoso com uma colher e o coma. Não leve o mel
cristalizado ao banho-maria. Ao contrário do que as pessoas no quotidiano
fazem, ao levar o mel cristalizado ao banho-maria o mesmo perde suas propriedades
terapêuticas não servindo sequer como adoçante. Portanto, consuma o mel
cristalizado, único que preserva e mantém suas propriedades nutricionais e
terapêuticas perfeitamente preservadas. O dito “mel falsificado” também
endurece, entretanto é fácil distinguir o mel verdadeiro do falsificado. O mel
falsificado ao endurecer açucara como rapadura, não vira um creme pastoso como
o mel verdadeiro, vira na realidade uma pedra como rapadura, com gosto e cheiro
de açúcar específicos de cana. Dessa maneira, ao comprar mel de abelhas que por
ventura esteja cristalizado, observe se o mesmo está endurecido como pasta ou
como pedra de rapadura, apenas o primeiro com aspecto pastoso é o mel
verdadeiro.
Embalagem adequada
É comum no quotidiano das pessoas comprarem mel em garrafas
recicladas de bebidas alcoólicas tampadas com pedaços de sabugo de milho,
acreditando que, por estar embalado em uma garrafa dita “artesanal” seria o
autêntico “mel da roça”. Vão engano. Em mais de 85% dos casos, mel vendido em
embalagens recicladas de bebidas alcoólicas são produtos falsificados com
adição de açúcar ou de ácido tartárico, embalados em condições higiênicas
repugnantes e vendidos em condições ainda mais suspeitas: de porta em porta, em
sacolas engarrafadas, em feiras e comércios não registrados. O autêntico mel de
abelhas criado e colhido por apicultores criadores de abelhas possuem ambientes
adequados para extração, separação das sujidades e envase limpo e seguro do mel
de abelhas. Potes de vidro, bisnagas ou garrafas plásticas virgens são
obrigatórios por lei, bem como a rotulagem do produto onde deve estar marcado,
além do nome “mel”, o apiário de origem, o endereço do entreposto que
beneficiou o produto, o telefone de apoio ao consumidor e a composição
nutricional do mel. Normalmente um mel rotulado em embalagem adequada é
interpretado erroneamente pelo consumidor como “mel industrial” portanto, não
verdadeiro. Vão engano. O verdadeiro mel de abelhas é vendido legalmente em
embalagem própria, com rotulo adequado, advindo de entrepostos ou casas de mel
devidamente higienizadas para tal serviço garantindo assim, no pote e na
bisnaga um mel com todas as propriedades de quando foi extraído do favo na
colmeia.
Como devo comer o mel?
Você deve comer o mel como come qualquer outro alimento.
Sugerimos que substitua o tradicional açúcar cristal exclusivamente pelo mel de
abelhas, não só consumindo o mel sozinho, mas também como adoçante de leite,
café, sucos, salada de frutas, na massa de pães, massas e biscoitos, enfim,
trazendo o mel para o quotidiano do dia a dia de sua família. Fazendo isso você
estará incorporando um poderoso e saudável alimento no seio de sua família e
colhendo os benefícios do consumo de tal produto.
Semana que vem continuaremos esse artigo falando das vantagens
nutricionais do mel de abelhas e das desvantagens do açúcar cristal
corroborando assim a tese da qualidade infinitamente superior do mel de abelhas
em relação aos adoçantes artificiais da sociedade moderna.
A CIA DA ABELHA comercializa mel de Abelhas com qualidade
referenciada e rastreada, advinda de ambientes livres de poluentes químicos e
de lavouras, de floradas do cerrado brasileiro, de áreas monoflorais de
cipó-uva, eucalipto e de áreas de laranjeira e girassol.
ANEXO
A ESTE ARTIGO FOTOS DE ALGUNS DOS NOSSOS APIÁRIOS PRODUTORES DE MEL DE ABELHAS
COM QUALIDADE. A NATUREZA NOSSO AGRADECIMENTO, POIS TUDO O QUE TEMOS E O QUE
SOMOS DEVEMOS A ELA QUE NOSS DÁ GRACIOSAMENTE SEM COBRAR UM CENTAVO SEQUER.
*Armindo
Vieira do Nascimento Junior, apicultor, apiterapeuta e acupunturista cria
abelhas desde 1983. Já possuiu mais de 800 colméias de abelhas no entorno da
capital mineira, Belo Horizonte com produção de mel e própolis verde tipo
exportação. Atualmente reside em Goiânia, capital do estado de Goiás, onde
possui 250 colméias de abelhas voltadas exclusivamente a produção do mel
natural floral de abelhas. Fundou em 1988 a Cia da Abelha: www.ciadaabelha.com.br onde
comercializa todos os produtos colhidos das abelhas e também materiais,
equipamentos e insumos para pessoas que desejam também instalar apiários e para
apicultores em todo o Brasil. Trabalha na capacitação de apicultores e
profissionais da área alimentícia através de cursos diversos na área já tendo
capacitado mais de 8000 profissionais da Cadeia do Agronegócio Apícola em quase
30 anos de atividade.
02 -
MEL DE ABELHAS
(Continuação)
Mitos e verdades sobre
este poderoso alimento das abelhas
ANO 01 – ARTIGO 02 –
NÚMERO SEQUENCIAL 002 – 12 DE JANEIRO DE 2014
*por Armindo Vieira do Nascimento Junior – Goiânia/GO
Artigo- Continuação
Semana passada inauguramos os artigos semanais publicados junto a
Cadeia do Agronegócio Apícola com entrega via e-mail e redes sociais. Falamos
em nosso primeiro artigo dos mitos envolvendo o mel de abelhas, esse poderoso
alimento que faz parte da mesa da população desde que o homem é homem.Esta
semana vamos concluir a fala sobre o mel abordando seus aspectos nutricionais e
de promoção da saúde. Aqui também muitos mitos são quebrados levando a reflexão
sobre a utilidade do mel na saúde na nutrição humanas.
O mel de Abelhas, conforme já falamos semana passada é oriundo
das flores. Se não for não pode sequer receber a denominação “mel”.Mas o que é
mel do ponto de vista da fabricação pelas abelhas. Como ela processa o néctar e
o transforma em mel? Como ocorre o armazenamento dentro da colmeia? Quais suas
atividades biológicas e nutricionais???A formação do mel ocorre através de uma
reação física e uma reação química.
O néctar da flor nada mais é que um líquido açucarado, mistura de
água – 95% - e açúcar na forma de sacarose – 5%. Quando a abelha campeira
(a que trabalha no campo) sai da colmeia em busca do néctar e encontra a flor,
a abelha suga o néctar para seu estômago. Coleta pólen, visita mais 5 a
50 flores e quando esta completamente abarrotada de comida retorna a colmeia.
Chegando a colmeia a abelha campeira “regurgita o mel coletado na boca da
abelha engenheira – responsável pela construção dos favos e maturação desse mel
– levando mais uma vez ao estômago. Essa por sua vez passa o mel também
regurgitando para outra engenheira e outra e mais outra e outra ainda e tantas
quantas abelhas forem suficientes para nesse processo de transferência boca a
boca, o mel perca água. Quando a última engenheira compreende que o mel está em
uma viscosidade adequada (30% água; 70% açúcar) armazena então o mel no favo
deixando o alvéolo depositado aberto. É o chamado pelos apicultores de “mel verde”
que ainda não está no ponto de ser colhido, o calor interno da colméia
terminará de desidratar esse mel até um percentual de água situado entre 18% e
21%, portanto bastante viscoso. Essa é a reação física de fabricação do mel
efetuado pelas abelhas, ou seja a desidratação do néctar com 95% de água em
pouco mais de 18% de água.
A reação química ocorre também nos “estômagos” das abelhas por
onde passa. Se está no estômago ocorre digestão desse mel, e se há digestão, há
também enzimas, no caso a enzima Sacarase ou Invertase. Essa enzima invertase
atua na sacarose do néctar quebrando a sacarose em 2 açúcares simples: glicose
e frutose, a menor unidade de quebra possível de um açúcar. Quando o mel é
armazenado no favo já está 97% quebrado na forma de glicose e frutose. Essa é a
reação química promovida pela abelha em seu estômago, ou seja, quebrar 100% de
sacarose do néctar na flor na forma de glicose e frutose. Toda digestão do mel
é feita pela abelha.
Atividade antioxidante ou sequestrante de radicais livres.
Quando comemos mel processado pelas abelhas como o descrito acima
não fazemos digestão do mel, pois ele já foi digerido pelas abelhas. O mel cai
no estômago e é reabsorvido integralmente para o fígado e este por sua vez
descarrega na corrente sanguínea, são minutos entre o ato de comer e a glicose
do mel cair na corrente sanguínea fornecendo energia imediata para o organismo.
Como não fazemos digestão do mel, não produzimos radicais livres, portanto o
ato de comer mel não produz radicais livres. Esse mesmo mel, ao ser quebrado
pelas enzimas das abelhas, muitas vezes quebra em locais errados, liberando
assim na quebra O- e H+, radicais livres perigosos, mas que permanecem no
organismo da abelha. Ora, se houve a quebra errada no corpo da abelha, muitas
moléculas de glicose e frutose estão com ausência desse O- e H+. Quando comemos
mel essas moléculas saem a procura de O- e H+ em nosso organismo, para entrarem
em estabilidade e atividade biológica, portanto sequestram radicais livres,
reduzindo dessa maneira a quantidade de radicais livres em nosso organismo.
Atividade antibiótica do mel
O mel é pobre em água como vimos no processo de fabricação pelas
abelhas. Quando comemos mel, o mesmo mata bactérias por Osmose, ou seja, quando
entra em contato com a bactéria o mel, pobre em água, suga água do corpo da
bactéria eliminando-a. Comer mel com dor de garganta portanto é excelente e
auxilia no processo antibiótico contra bactérias nocivas.
Fornecimento de energia imediata.
O mel, por ser rico em glicose e frutose, fornece energia
imediata. Atletas, alunos em processo de stress por estudo, secretárias,
motoristas devem sempre comer mel, pois fornece a energia que muitas vezes nos
falta no dia!!!!. Como falamos semana passada, mel é um alimento, portanto,
coma sem pudor, não existe dosagem, não existe posologia, mel é comida e deve
ser consumido como comida, sempre em substituição ao açúcar, adicionado a
massas de bolos, pães e biscoitos, adoçando leites e cafés, enfim, sendo
incorporado ao hábito de alimentação diário.
A CIA DA ABELHA comercializa mel de Abelhas com qualidade
referenciada e rastreada, advinda de ambientes livres de poluentes químicos e
de lavouras, de floradas do cerrado brasileiro, de áreas monoflorais de
cipó-uva, eucalipto e de áreas de laranjeira e girassol.
ANEXO
A ESTE ARTIGO FOTOS DE ALGUNS DOS NOSSOS APIÁRIOS PRODUTORES DE MEL DE ABELHAS
COM QUALIDADE. A NATUREZA NOSSO AGRADECIMENTO, POIS TUDO O QUE TEMOS E O QUE
SOMOS DEVEMOS A ELA QUE NOS DÁ GRACIOSAMENTE SEM COBRAR UM CENTAVO SEQUER.
*Armindo
Vieira do Nascimento Junior, apicultor, apiterapeuta e acupunturista cria
abelhas desde 1983. Já possuiu mais de 800 colméias de abelhas no entorno da
capital mineira, Belo Horizonte com produção de mel e própolis verde tipo
exportação. Atualmente reside em Goiânia, capital do estado de Goiás, onde
possui 250 colméias de abelhas voltadas exclusivamente a produção do mel
natural floral de abelhas. Fundou em 1988 a Cia da Abelha: www.ciadaabelha.com.br onde comercializa
todos os produtos colhidos das abelhas e também materiais, equipamentos e
insumos para pessoas que desejam também instalar apiários e para apicultores em
todo o Brasil. Trabalha na capacitação de apicultores e profissionais da área
alimentícia através de cursos diversos na área já tendo capacitado mais de 8000
profissionais da Cadeia do Agronegócio Apícola em quase 30 anos de atividade.
Mitos e verdades sobre
este poderoso inseto
ANO 01 – ARTIGO 03 – NÚMERO SEQUENCIAL 003 – 19 DE JANEIRO DE
2014
*por Armindo Vieira do Nascimento Junior – Goiânia/GO
Artigo
São seres que vivem coletivamente, harmoniosamente, em grandes sociedades, onde
a ordem do dia é, sempre, a sobrevivência da própria espécie. Os indivíduos
possuem interdependência uns dos outros. Para produzirem calor, juntam-se
dentro da colméia em forma de bola e alimentam-se de pólen e mel. Dessa
maneira, conseguem uma temperatura constante que é mantida entre 30 e 36 graus
célsius, necessária para a eclosão dos ovos, desenvolvimento da prole e
amadurecimento do mel recém armazenado. Quando a temperatura interna da colméia
se eleva acima do normal, batem as asas para formar correntes de ar e, quando a
entrada de néctar é escassa, chegam a carregar água para dentro da morada para
ajudar a baixar a temperatura.
Comunicam-se entre si através de duas danças distintas. Em círculo e a do
requebrado, em forma de 8. Com as danças indicam às colegas de trabalho a
distância e a direção da fonte de alimento encontrado. O número de danças na
linha de centro, durante o espaço de 15 segundos, indica a distância. O ângulo
da linha de dança entre o sol e a colméia indica a localização do alimento.
Graças a essa comunicação as abelhas visitam a mesma flor, enquanto esta
oferecer néctar em condições de atraí-las.
Além das muitas habilidades, são portadoras de um aguçado sistema visual, um
olfato surpreendentemente sensível e um complexo sensorial dos mais perfeitos.
Sem considerar a valiosa participação direta nos interesses da humanidade, são
dignas de admiração pelos exemplos de disciplina e cumprimento do dever que
proporcionam a todos que conhecem sua organização e seu modo de viver.
Classificação Zoológica
Na Biologia, as espécies animais e vegetais foram reunidas e organizadas
segundo suas características mais aproximadas. Isto foi feito para facilitar o
estudo dos mesmos. A essa sistemática foi dado o nome de “Taxionomia”. É uma
seqüência em que os detalhes entre os seres se tornam mais evidentes fazendo
com que pertençam a diferentes graus de identidade. São 7 categorias
taxionômicas a saber: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. O
Homem por exemplo pertence ao Reino Animal, ao Filo dos Chordados, à Classe dos
Mamíferos, à Ordem dos Carnívoros, à Família dos Símios, ao Gênero Homo
e à Espécie Homo sapiens. O cachorro pertence ao Reino Animal, ao Filo
dos Cordados, à Classe dos Mamíferos, à Ordem dos Carnívoros, à Família dos
Canídeos, ao Gênero Canis e à Espécie Canis familiaris.
As abelhas pertencem ao
Reino Animal, ao Filo dos Artrópodes, à Classe dos Insetos, à Ordem dos
Himenópteros, à Família Apidae e ao Gênero Apis. As espécies e
subespécies são variadas e veremos no próximo tópico.
Espécies e raças de Abelhas
Raça é um grupo de indivíduos pertencentes à uma mesma espécie,
capazes de reproduzirem-se naturalmente, que transmitem aos seus descendentes
as características nele reinantes. As abelhas, um dos seres mais antigos que
habitam esse planeta, graças a sua organização, não se modificaram. A seleção
natural faz com que raças se misturem, sumam e surjam outras, porém, as
características essenciais deste ser não se alteram. No Brasil, a seleção
natural fez com que algumas espécies de abelhas se extinguissem devido o avanço
das abelhas africanas, que são mais resistentes e geneticamente predominantes.
No mundo, as abelhas se dividem em três raças geográficas distintas:
Raças européias: Que englobam as seguintes
espécies:
2.3.1.1- Apis mellifera ligustica L.
São as popularmente
conhecidas abelhas Europa, que entre os caboclos são chamadas de “oropa”, ou,
no sul do Brasil, como abelhas “Italianas”. É, sem dúvida, a raça mais
conhecida e difundida do mundo. Sua origem é a Itália, como lembra o nome. São
muito mansas, quietas nos favos e com pouca propensão à enxameação. Foram
introduzidas no Brasil no ano de 1870 pelo imigrante Frederico Augusto
Hanemann. São abelhas grandes, com abdômen fino e comprimento de língua entre
6,2 e 6,8 mm. Por serem muita quietas nos favos, a identificação da rainha é
mais fácil. A introdução das abelhas africanas teve como consequências a
miscigenação desta com as abelhas européias gerando uma raça específica
classificada pela comunidade científica com Abelha européia africanizada ou
simplesmente abelhas africanizadas brasileiras.
Apis mellifera mellifera L.
Conhecidas entre os
apicultores do sul do Brasil como abelhas “do Reino” ou abelha “preta”. Tem a
origem nos Alpes Europeus. Foi a primeira raça de abelha com ferrão a ser
introduzida no Brasil no ano de 1839 pelo padre Antônio Carneiro que as
instalou na região das missões no Rio Grande do Sul. São abelhas grandes com
abdomen largo, carapaça de quitina escura e bastante peludas. Sua língua mede
entre 5,7 e 6,4 mm de comprimento. Quando puras são mansas, ligeiramente
nervosas e pouco enxameadeiras.
Quando cruzadas com
abelhas italianas ou africanizadas geram descendentes com grande vigor, alta
capacidade produtiva, porém defensivas e enxameadoras quando não controladas.
Apis mellifera carnica
As abelhas cárnicas são originárias dos Alpes austríacos e de uma parte da
Iugoslávia. São muito comuns nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná, onde são muito desejadas pelos apicultores mais tradicionais. Sua
introdução no Brasil ocorreu junto com as Apis mellifera mellifera.
As abelhas cárnicas são de grande porte, idênticas às mellifera
mellifera, porém, na coloração, possuem anéis abdominais cinza-claros. Seus
pelos são mais curtos e densos que nas raças italianas e do Reino. Seu
comprimento de língua mede entre 6,2 e 6,8 mm. Nos cruzamentos com abelhas
italianas produzem híbridos de alta produção e agressividade nos primeiros
cruzamentos; são de boa produção, muito mansas e pouco enxameadoras. A rainha
tem cor ligeiramente marrom, o que facilita sua localização entre as abelhas.
Apis mellifera caucasica
Tem sua origem nos altos vales do Cáucaso central da Rússia. Tem
o mesmo tamanho da cárnica, são extremamente mansas. Não são boas produtoras de
mel, mas cruzadas com abelhas africanizadas ou italianas tornam-se excelentes
produtoras durante os primeiros cruzamentos. Entre as raças européias a abelha
caucasiana é a mrelhor produtora de própolis naquele continente a saber
própolis de Populus alamo (Europa) e Populus nigra (Ásia). Perde
entretanto em produtividade de própolis para a abelha africanizada brasileira
quando instalada no macro-clima da América do Sul principalmente nas regiões de
altitude mais baixas e clima tropicais.
Raças africanas
Que englobam as seguintes raças:
Apis mellifera scutelatta
Conhecida no Brasil como as temidas abelhas africanas, habitam ¾ do continente
africano que vai do Sul do Deserto do Saara até ao norte do Deserto de
Calahari. São altamente enxameadoras. Produzem 4 a 5 vezes mais mel que as
italianas e são altamente propolizadoras. Começam a trabalhar cedo e param
muito tarde para descansar. Possuiriam todas as características fenotípicas da
abelha perfeita não fosse o fato de serem extremamente defensivas.
Produzem células entre 4,6 e 4,9 mm, sendo a média mais comum 4,75 mm quando
puras. O ciclo evolutivo da operária é de 19 a 20 dias, sendo que esta
antecipação acontece devido à fatores climáticos podendo ser registrado,
inclusive em outras raças. Sua vida de adulta é mais curta, variando ente 30 e
38 dias, mas seu equilíbrio populacional é compensado pela maior capacidade de
postura da rainha. O comprimento da língua está entre 5,5 e 6,9 mm, com
capacidade de carga de néctar de 40 mg em média. São propolizadoras e altamente
pilhadoras em caso de falta de alimento. Começam a trabalhar bastante cedo,
ainda com a aurora, e mesmo depois do entardecer é comum ver campeiras
retornando à colméia.
A sociedade/colônia das abelhas
A Biologia moderna caracteriza "sociedade" como um "grupamento
de indivíduos da mesma espécie com plena capacidade de vida isolada, mas que
preferem viver em coletividade. Os indivíduos possuem independência física uns
dos outros e podem, ou não, apresentar diferenciação de formas de divisão de
trabalho". É o caso de um cardume de peixes, uma alcatéia de lobos,
uma manada de búfalos, e, por que não dizer, a própria sociedade humana. A
abelha é, segundo a biologia moderna, uma “sociedade”, e o faz corretamente,
visto que, a constituição de sua vida está totalmente atrelada ao ser da outra
espécie. No entanto, a abelha não é capaz de viver isoladamente, morrendo em
poucas horas, quando afastada de sua família, característica essa das espécies
compreendidas como "colônias".
"Colônia"
caracteriza-se por "grupamentos de indivíduos da mesma espécie que revelam
profundo grau de dependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo-lhes
impossível manter-se vivos quando isolados do grupo. São exemplos as cracas, os
corais, as esponjas e as bactérias. As abelhas, no entanto, não são ligadas
umas às outras, característica essa das espécies compreendidas como
"sociedades".
Podemos, assim, definir
que abelhas são grupamentos de indivíduos da mesma espécie, com independência
física uns dos outros, sendo-lhes impossível, no entanto, manterem-se vivos
quando isolados do grupo. Observa-se diferenciação do trabalho entre seus
indivíduos, bem como, das formas que se apresentam, constituindo castas
distintas. Essa sociedade/colônia divide-se da seguinte maneira:
·
60.000 a 80.000 abelhas operárias
·
100 a 400 zangões
·
1 rainha, sempre ela e nunca a presença de duas.
As três castas
possuem características distintas entre si. Como ser pertencente a classe dos
insetos, as castas nascem a partir de um ovo, passam por um estado larvário,
por um estado de pupa, similar ao casulo da borboleta, onde sofrem metamorfose
completa (insetos holometábolos) e nascem já insetos adultos, recebendo o nome
pela biologia científica de imago, para desenvolver as atividades corriqueiras
da colméia. Porém, todo esse ciclo evolutivo é distinto e diferente em cada
casta. Confira:
Casta
|
ovo
|
larva
|
pupa
|
Total
|
Vida adulta
|
Nasce ovo fecund.
|
operária
|
3 dias
|
6 dias
|
12 dias
|
21 dias
|
38-42 dias
|
Sim
|
rainha
|
3 dias
|
5,5 dias
|
7,5 dias
|
16 dias
|
5 anos
|
Sim
|
zangão
|
3 dias
|
6,5 dias
|
14,5 dias
|
24 dias
|
80 dias
|
Não
|
É importante lembrar que os ovos só se desenvolvem a uma
temperatura entre 30 a 36 graus célsius. Portanto, é necessário haver população
proporcional à quantidade de ovos para haver essa temperatura constante e a
conseqüente eclosão dos ovos.
A operária
A operária é uma abelha que teve origem de um ovo feminino como o da rainha,
mas com a diferença de que durante o seu estado larvário sua alimentação e
berço foram diferentes da rainha. Seu desenvolvimento, ainda filhote, ocorre no
alvéolo do favo, local muito apertado para seus órgão sexuais desenvolverem.
Recebe geléia real no primeiro dia de vida no berço, e mel e pólen nos oito
dias restantes. Depois de nascida, sentindo falta da rainha por muito tempo,
realiza postura de ovos como a rainha, gerando, no entanto, ovos infecundos,
nascendo deles apenas zangões.
No primeiro dia, como todo ser vivo, nascem meio moles, com movimentos confusos
de desconsertados. Em menos de 24 horas, estarão aptas a desenvolver as
primeiras atividades na colméia. No 2o e 3o dias de vida
as operárias se dedicam à limpeza dos favos e aquecimento dos ovos e larvas
para eclosão dos mesmos.
A partir do 4o ao 12o dia elas se dedicam ao preparo do
alimento, alimentação das larvas, preparo da geléia real e criação de novas
rainhas. Recebem o nome nesse período de abelhas operárias “nutrizes”. É um
trabalho complicado o das nutrizes, pois devem engolir o mel retirado,
principalmente dos favos não operculados, pólen e água, para que no seu
estômago se faça a mistura necessária. Em seguida, regurgitam a mistura no
alvéolo onde esteja uma larva para ser alimentada. Uma larva recebe, nos 9 dias
em que permanece nesse estado, aproximadamente 12.000 refeições. Do 13o
ao 18o dias, se dedicam à produção de cera, construção de favos e,
se necessário, à puxada de realeiras (ovos de rainha). Recebem o nome nesta
fase de abelhas “cerieiras” ou abelhas “construtoras”. A cera é produzida
através de glândulas especiais, em número de oito, localizadas na parte inferior
do abdômen. A matéria prima da cera é o próprio néctar das flores. No 19o
e 20o dias fazem a defesa, guarda e vigia da colméia. São chamadas
nesses 2 dias de abelhas “sentinela”. Permanecem na entrada do alvado da
colméia. Do 21o ao 38o-42o dias, as operárias
realizam o serviço de campo coletando água, néctar, própolis, pólen, realizando
conseqüentemente a polinização e fecundação das flores. Recebem o nome, nesta
fase de campeiras. Depois morrem, sempre fora da colméia, para evitar trabalho
de remoção por parte das companheiras.
O zangão
São
os indivíduos machos da colméia, amantes da boa vida e grandes apreciadores dos
favos de mel e nada fazem a não ser esperar pelo vôo nupcial de alguma rainha
jovem (virgem). Não desenvolvem, no período larvário, órgãos para o trabalho,
razão pelo qual ficam “a toa” na colméia.
Possuem um super olfato que lhes permitem descobrir uma rainha virgem num raio
de até 10 kms. Um vôo nupcial atrai uma nuvem aproximada de 4000 zangões, que
numa disputa eliminatória, perdem sua vida no momento da copulação com a
rainha, ao perderem o anel do abdômen que contém os órgão sexuais. Atinge sua
maturidade sexual aos 14 dias de vida. Levam 24 dias para nascer e podem viver
até 80 dias, se as operárias deixarem, o que depende das provisões de alimento
e condições do tempo. São automaticamente eliminados após a florada e na entre
safra.
Os zangões tem um avô,
mas não tem pai, pois nascem de ovos não fecundados da rainha ou das operárias
que realizam postura na ausência da rainha. É um típico exemplo de partenogênese.
Alguns tipos de insetos, em que os ovos não fecundados (aqueles em que o gameta
masculino e o feminino não se encontram) entram em segmentação originando um
novo indivíduo. A abelha rainha possui 32 cromossomos (2n), ou 16 pares de
homólogos. Suas células sexuais sofrem meiose, onde ocorre a redução do número
de cromossomos para 16 (n). Assim, todos os óvulos possuem 16 cromossomos,
sendo, portanto, haplóides. O não encontro do óvulo com o espermatozóide,
faz com que o óvulo entre em segmentação originando um indivíduo, macho,
haplóide, com 16 cromossomos. Desta maneira é fato determinar que todas as
abelhas possuem 32 cromossomos ou são 2n, enquanto os zangões possuem 16
cromossomos ou são n.
Os zangões africanizados
possuem um maior número de canais olfativos em relação aos zangões de sangue
exclusivamente europeu, determinando uma maior sensibilidade em perceber a
presença de rainhas virgens para serem fecundadas. Essa característica
específica dos zangões africanizados é a causa da penetraçaõ e permanência das
características fenotípicas das abelhas africanizadas no ambiente.
A rainha
Também chamada de mestra é a única abelha feminina cujos órgãos são
perfeitamente desenvolvidos. É, sem dúvida, o indivíduo mais importante, pois
da sua produção de ovos, depende a força do enxame. No período da florada chega
a botar 4000 ovos por dia.
O que determina a formação de uma operária ou de uma rainha é o tipo de
alimentação e berço ainda no estado larvário. A rainha nasce a partir de uma
larva de operária que foi escolhida para se transformar em rainha. Seu alvéolo
é alargado e se torna 5 vezes maior que o alvéolo comum. Assim, a larva tem
espaço para crescer desenvolvendo todos os seus órgãos e espaço para receber
alimentação com fartura à base unicamente de geléia real. A rainha leva 16 dias
para nascer.
No nono dia de
nascimento, realiza seu vôo nupcial. Ela sai em direção aos céus, emitindo um
feromônio sexual que atrai 4000 zangões em média em um raio de 3 Kms. Com os
zangões ao seu encalço, ela voa cada vez mais alto e mais rápido. Somente os
zangões mais fortes e vigorosos (mais ou menos 10 zangões) conseguirão copular
com a rainha. A rainha, já fecundada, retorna então á colméia, onde 2 a 4 dias
depois, tempo necessário para o desenvolvimento do ovário, inicia a postura. A
fecundação ocorre em uma altura que varia de 200 m a 1000 m de altura.
Vive até 5 anos, porém,
no Brasil, sua capacidade de postura não passa de 2 anos, devido às intensas
floradas e portanto, a necessidade constante de renovação da população da
colméia através da postura. Neste caso, a própria colméia se encarrega de
eliminar a rainha velha e produzir outra. Na apicutura comercial o apicultor
realiza este trabalho, introduzindo uma rainha já fecundada eliminando a antiga
de tempos em tempos.
ANEXO
A ESTE ARTIGO FOTOS DE ABELHAS DO GÊNERO ÁPIS PARA SUA APRECIAÇÃO. A NATUREZA
NOSSO AGRADECIMENTO, POIS TUDO O QUE TEMOS E O QUE SOMOS DEVEMOS A ELA QUE NOS
DÁ GRACIOSAMENTE SEM COBRAR UM CENTAVO SEQUER.
*Armindo
Vieira do Nascimento Junior, apicultor, apiterapeuta e acupunturista cria
abelhas desde 1983. Já possuiu mais de 800 colméias de abelhas no entorno da
capital mineira, Belo Horizonte com produção de mel e própolis verde tipo
exportação. Atualmente reside em Goiânia, capital do estado de Goiás, onde
possui 250 colméias de abelhas voltadas exclusivamente a produção do mel
natural floral de abelhas. Fundou em 1988 a Cia da Abelha: www.ciadaabelha.com.br onde
comercializa todos os produtos colhidos das abelhas e também materiais, equipamentos
e insumos para pessoas que desejam também instalar apiários e para apicultores
em todo o Brasil. Trabalha na capacitação de apicultores e profissionais da
área alimentícia através de cursos diversos na área já tendo capacitado mais de
8000 profissionais da Cadeia do Agronegócio Apícola em quase 30 anos de
atividade.
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